O Instituto Centro de Vida (ICV) realiza, desde o ano passado, oficinas para implementação da tecnologia social do círculo de bananeiras com agricultores familiares do Projeto de Assentamento Nova Cotriguaçu, em Cotriguaçu, no noroeste mato-grossense. A mais recente aconteceu neste mês, na comunidade Nova Esperança, na área da Associação de Agricultura Familiar e Desenvolvimento Comunitário de Nova Esperança, próxima à unidade de beneficiamento do grupo de mulheres. As outras oficinas foram realizadas em Ouro Verde e Santa Clara. A proposta é que se tornem unidades demonstrativas para serem replicadas.
Meio dia de dedicação em formato de mutirão, envolvendo sete pessoas, foi suficiente para fazer o sistema funcionar, no final da tarde, em Nova Esperança. A proposta consiste em aplicar o conceito de reaproveitamento da água cinza (proveniente da cozinha e de chuveiros) para produzir alimentos como abacaxis, bananas, batatas e taiobas ao longo do ano e perto da casa.
“Os agricultores já haviam visto o resultado na outra comunidade (Santa Clara) e ficaram motivados, porque estava funcionando. A tecnologia social tem este propósito de poder ser multiplicada por outras pessoas em suas casas. Um método fácil de aplicação. Se fosse só uma pessoa fazendo, levaria dias para terminar, e com o mutirão vai mais rápido e os participantes conseguem trocar ideias para o plantio”, explica Elisangela Sodré, educadora do ICV.
O que surpreendeu o agricultor Ezequias de Souza Barros foi o fato de perceber que a água que, por vezes, ficava escorrendo na pia de sua casa, pode ter essa destinação útil. Também chamou a atenção dos participantes que o círculo de bananeiras tem como objetivo reduzir possíveis fontes de contaminação no entorno da unidade de beneficiamento.
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