Representantes de quatro grupos comunitários de Cotriguaçu e Colniza que trabalham com Babaçu, participaram entre os dias 22 e 26 de novembro do Intercâmbio com empreendimentos comunitários no Maranhão.
O objetivo do intercâmbio foi conhecer experiências comunitárias e aprender sobre a gestão dos empreendimentos, o funcionamento das agroindústrias e acabamento final dos produtos, principalmente na fabricação do óleo e azeite do Babaçu. Foram visitadas 4 fábricas, em duas comunidades do município de Alto Alegre do Pindaré – Sabores de Arapapá e Babaçu Boa Vista, e duas comunidades em Vitória do Mearim – Sabor de Todo Dia e Terra das Palmeiras. Além disso, foram visitados os pontos de venda na capital São Luís, com o intuito de compreender clientes, exigências, rótulos e preços. A visita contou com o apoio da empresa Terrapilheira, que presta assessoria aos empreendimentos visitados.
“Nosso interesse nesse intercambio é apoiar o grupo de mulheres que faz parte da associação, para que desenvolva esse grupo na produção e trabalho com derivados do Babaçu, para que não se perca a identidade do nosso lugar e não deixe destruir a nossa natureza” disse Adilson da Associação grupo de Reflorestamento Agroindustrial Ouro Verde do Norte de Cotriguaçu.
Há cerca de cinco anos, dois grupos de mulheres do PA Nova Cotriguaçu, Grupo de Mulheres Unidas e Grupo Mulheres da Paz, começaram a trabalhar com derivados do Babaçu, farinha de mesocarpo e óleo, e os grupos têm interesse em ampliar a produção, melhorar a infraestrutura das cozinhas comunitárias e alcançar mercados regulares.
“O grupo das mulheres trabalha com o mesocarpo do Babaçu, escolhemos esse trabalho porque lá tem muito dessas palmeiras do Babaçu, e gostaria que crescesse cada vez mais. No intercambio nós tivemos muito aproveito, conhecemos a quebradeira de coco do Babaçu e as fábricas que já está produzindo muito óleo. Visitamos três associações e uma cooperativa e isso trouxe bom aproveito, pelo grupo das mulheres unidas, agora temos que trabalhar” disse Angela Ferreira de Jesus Oliveira do Grupo de Mulheres Unidas.
O Grupo de Mulheres Liberdade de Colniza está iniciando o trabalho com Babaçu de forma coletiva e também foi buscar inspiração e motivação no intercâmbio, “O grupo começou a pouco tempo, o trabalho que fazemos com Babaçu é manual, é difícil, mas vamos procurar aprimorar nosso serviço. Aprendemos muito nessa visita no Maranhão, muita coisa vai melhorar e assim como elas crescer, adquirir maquinas, espero que algum dia possamos ter nosso produto no mercado, assim como elas” diz Eleisa Silva Souza
O intercâmbio contribuirá de forma significativa no planejamento dos próximos passos do projeto na cadeia do Babaçu junto aos grupos, conforme enfatizou a Camila Rodrigues, coordenadora do Projeto Redes.
“Foi uma experiência extremamente importante para nos dar uma visão sobre todo o processo produtivo, das quebradeiras de coco até o comércio. Com certeza nos forneceu as bases necessárias para darmos os próximos passos de acordo com a realidade de cada grupo que apoiamos. O intercâmbio possibilitou que compreendêssemos desafios, necessidade e tendências de mercado.”
O projeto Redes Socioprodutivas é uma iniciativa do Instituto Centro de Vida apoiado pelo Fundo Amazônia/BNDES. Iniciado em janeiro de 2018 possui previsão de execução de 30 meses e foco em 6 cadeias socioprodutivas – Castanha, Babaçu, Hortifrutigranjeiros, Leite, Cacau e Café. A iniciativa atuará diretamente com associações e cooperativas de agricultores familiares distribuídos nos municípios do Norte (Alta Floresta, Paranaíta, Nova Monte Verde e Nova Bandeirantes) e noroeste (Cotriguaçu e Colniza) em Mato grosso.
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