A Amazônia brasileira continua ameaçada pela exploração ilegal de madeira. As diferentes formas de fraudes e falhas dos sistemas de controle dificultam a diferenciação entre a madeira legal e a ilegal.
Em Mato Grosso, o principal produtor na Amazônia brasileira, a situação não é diferente. Entre agosto de 2016 e julho de 2017, a exploração ilegal afetou mais de 60 mil hectares de florestas, o que representa 39% de toda a área explorada no estado.
Dez municípios concentraram 72% da área explorada ilegalmente. Oito deles estão também na lista dos maiores produtores de madeira legalizada, indicando que essas duas frentes andam lado a lado.
A ilegalidade está concentrada em imóveis rurais cadastrados (67%), seguido pelas áreas sem categoria fundiária definida (16%). Porções menores de áreas exploradas sem autorização ocorreram em unidades de conservação (7%), terras indígenas (5%) e assentamentos rurais (5%).
As saídas para contornar esse cenário passam por uma rotina de monitoramento da cadeia madeireira em tempo real, com uso de imagens de altíssima resolução e quanto ao movimento de créditos florestais; o aumento da fiscalização nos municípios críticos, com instrumentos de autuação remota; aprimoramento nos sistemas de controle florestal estadual e integração ao sistema federal; e envolvimento dos atores do mercado da madeira no combate à ilegalidade no setor por meio de capacitações, campanhas e estratégias de comunicação.
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