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De agosto de 2019 a julho de 2020, o desmatamento mapeado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) em toda a Amazônia Legal foi de 11.088 km², o equivalente a sete vezes a área da cidade de São Paulo. Mato Grosso foi o segundo estado que mais destruiu as florestas brasileiras, sendo responsável por 15,9% de todo o desmatamento detectado, que corresponde a 1.767 km².
A abertura de novas áreas no estado continua avançando, com um aumento de 3,8% na área desmatada em relação ao mesmo período do ano anterior. Este cenário mantém Mato Grosso distante de alcançar as metas estabelecidas em seus planos e estratégias estaduais e cumprir o compromisso internacional assumido durante a Conferência do Clima em Paris, em 2015, de reduzir o desmatamento atingindo 571 km² por ano até 2030.
Veja os principais destaques desta edição:
- Mato Grosso foi o segundo estado que mais desmatou a Amazônia em 2020, com 1.767 km², cerca de 16% do total desmatado no bioma e um aumento de 3,8% em relação ao ano anterior. Foi a maior taxa em 12 anos, e 88% foi desmatamento ilegal.
- Entre os 4 mil polígonos, apenas 11 acima de 1.000 hectares contribuíram para 13% de todo o desmatamento da Amazônia no estado.
- 54% do desmatamento ocorreu em imóveis cadastrados no CAR, seguido por imóveis não cadastrados (31,4%). Assentamentos representaram 11% e áreas protegidas foram responsáveis por 3,7% da área desmatada.
- Mais de 40% do desmatamento total foram polígonos de desmatamento acima de 200 hectares. E 63% do desmatamento em imóveis rurais ocorreu em grandes imóveis.
- Os dez municípios que mais desmataram contribuíram com 56% de todo desmatamento na Amazônia mato-grossense.
- Ações de fiscalização do governo estadual apresentaram recordes, mais que dobrando os autos de infração em relação a 2018 e triplicando a área embargada em relação a 2019. Em 2020 o estado autuou 6 vezes mais que o Ibama.
- Ações de fiscalização do Ibama seguem em forte queda, com redução de 76% nos embargos e de 62% nos autos de infração em relação a 2019. São os menores índices em 10 anos.
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