07 jun 2013
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Recuperação de Áreas de Preservação Permanente pode ajudar na luta contra o aquecimento global

Autor: Assessoria de comunicação

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Texto: Andrés Pasquis e Daniela Torezzan / ICV – Foto: Andrés Pasquis / ICV

A recuperação de Áreas de Preservação Permanente (APP) com a implantação de sistemas agroflorestais pode ajudar a combater o aquecimento global? Em busca dessa resposta, o Instituto Centro de Vida (ICV) está elaborando uma metodologia para estimar qual a projeção de sequestro de carbono (CO₂), gás que desempenha um papel importante no aumento do aquecimento global, nas áreas onde estão sendo feitos os plantios de restauro em APPs na região da Bacia do Alto Paraguai.No decorrer desta semana, profissionais do ICV realizaram medições para estimar os estoques de carbono em diferentes áreas do assentamento Capão Verde, localizado no município de Alto Paraguai.

Bruno Simionato Castro, analista de Carbono Florestal do Instituto, explicou que o objetivo é estimar o potencial de gás sequestrado nas APPs recuperadas, prevendo um cenário de 20 anos.

O principal desafio é o fato de as áreas estudadas serem bastante novas, como a do seu Adolfo Quirino Oliveira, cujo processo de recuperação tem apenas quatro anos. Por isso, o trabalho consiste em comparar áreas com vegetação de diferentes idades e tipologias, simulando diversos processos de recuperação. “As áreas precisam respeitar certas condições: Elas devem ter passado por um estado de vegetação nativa, seguido por um desmatamento para cultivo e finalizando com um processo que tenha permitido a recuperação natural do espaço, novamente”, explicou. Neste sentido, são necessárias análises e comparações dessas áreas jovens com outras que têm aproximadamente 12, 17 e 22 anos.

Depois da identificação das áreas a serem estudadas, é preciso identificar as espécies vegetais, classificá-las pelo porte, para poder calcular a biomassa de cada uma utilizando os respectivos diâmetros e alturas. Uma vez essas informações recolhidas, é possível construir uma curva que projeta o acumulo de CO₂ na área. “Se graças a esses cálculos, conseguirmos evidenciar que a recuperação e a manutenção de APPs contribui no processo de sequestro de quantidades significativas de carbono, o projeto aportará uma alternativa a mais para as medidas contra a emissão de CO₂ e, consequentemente, ajudará na luta contra o aquecimento global”, concluiu o analista do ICV.

As atividades na região da Bacia do Alto Paraguai fazem parte do projeto Conservação das cabeceiras do Paraguai, desenvolvido pelo ICV com apoio da Ecosystem Alliance.
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