29 out 2019
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Queimadas em Mato Grosso em 2019 – situação em outubro

Autor: Assessoria de comunicação

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Período de proibição de queimadas registrou 21,5 mil focos de calor, quase metade em imóveis rurais privados.

Atualização em 29/10/2019

O período de proibição de queimadas em Mato Grosso se encerrou na última segunda-feira (28), com 21,5 mil focos de calor registrados, número 83% superior ao mesmo período do ano passado, considerando de 15 de julho a 27 de outubro. O total de queimadas durante o período em que o uso do fogo é ilegal corresponde a 74% de todas as ocorrências do ano, até 27 de outubro.

Quase metade dessas ocorrências no período de proibição foram registradas em imóveis rurais privados cadastrados no sistema de Cadastro Ambiental Rural (CAR). Áreas não cadastradas, ou seja, que não possuem CAR e nem se encaixam nas outras categorias, são a segunda maior fatia, com 24%. Entre as áreas protegidas, as terras indígenas foram as mais severamente afetadas.

Gráfico de pizza do total de queimadas por categoria fundiária em Mato Grosso de 15/07 a 27/10 de 2019

Um destaque importante para outubro é o número de focos de calor registrados nas unidades de conservação do Cerrado e Pantanal, com 26 registros, mais da metade no Parque Estadual Encontro das Águas.

Gráfico com os 10 municípios com maior número de focos de calor em Mato Grosso no período de proibição de 15 de julho a 27 de outubro de 2019

Acumulado

De 01 de janeiro a 27 de outubro, foram 28.990 focos, 58% a mais do que o número total de focos registrados no ano de 2018, de janeiro a dezembro. O bioma Amazônia, no qual o fogo não é uma ocorrência natural do ecossistema, é o mais impactado pelos incêndios em Mato Grosso neste ano. São 16,5 mil focos até agora, 57% do total.

O Cerrado, onde o fogo pode ocorrer naturalmente no final da estação seca, acumula 11,2 mil focos, 39% do total, indicando uma incidência de fogo muito superior ao que pode ser atribuído ao manejo natural do ecossistema. A porção mato-grossense do Pantanal acumula 5% do total de ocorrências.

 

 

Gráfico pizza com a distribuição de focos de calor por bioma de janeiro e outubro de 2019Gráfico de barras com o total acumulado de focos de calor em MT de 2016 a 2019 (até 27 de outubro de 2019)

Chuvas

Com o aumento das chuvas, o risco de fogo para boa parte do Estado é de baixo a mínimo. Por isso, o Governo do Estado decretou o fim da proibição do uso de fogo para manejo agropecuário. De acordo com informações da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA-MT), a decisão se baseou no fato que Mato Grosso já registrou precipitação superior a 30 mm nos últimos 15 dias, segundo os relatórios do Instituto Nacional de Meteorologia (Innmet).

A partir de agora, quem desejar usar fogo para limpeza e manejo de áreas na zona rural já pode solicitar a autorização de queimada controlada para a SEMA-MT, conforme a legislação vigente. Em zona urbana, o uso do fogo é proibido durante todo o ano.

Mapa de Mato Grosso com o acumulado de focos de calor em 2019, até 27 de outubro

 

Atualização em 14/10/2019

Julho, agosto e setembro foram os piores meses da estação seca em Mato Grosso. Felizmente, a intensidade dos incêndio reduziu nas últimas semanas. Com o início do período de chuvas, os focos tendem à redução. Foram 1.949 milímetros na primeira semana de outubro, 38% a mais do que na última de setembro. A pior semana, desde que começamos o monitoramento semanal das queimadas, foi entre 12 e 18 de setembro, com uma média de 500 novos focos por dia registrados pelos satélites do INPE. De 19 e 25 de setembro, a média diária caiu para 200 novos focos por dia. A semana seguinte já teve uma redução considerável, com média de 90 novas ocorrências por dia. O último período analisado pelo ICV, entre 3 e 9 de outubro, registrou 464 focos de calor. Mas as boas notícias param aí. O total de focos de calor em Mato Grosso até outubro deste ano já é 53% superior do que o registrado em todo o ano passado. Até 9 de outubro, o estado registrou 28 mil ocorrências, contra 18,3 mil em todo o ano de 2018. A Amazônia é o bioma mais atingido, com 15,9 mil focos, seguida do Cerrado, com 10,9 mil. O Pantanal registrou 1,1 mil ocorrências em sua porção mato-grossense. Com relação às categorias fundiárias, confirma-se a tendência de maior número de focos em propriedades rurais cadastradas no CAR, foram 52% do total de casos desde 1º de janeiro. A terras indígenas foram a segunda categoria mais atingida, com 18% das ocorrências. Colniza é o campeão disparado, com mais de 2 mil ocorrências de focos de calor registrados pelos satélites.

Atualização em 27/09/2019, 12h

O ritmo de crescimento do número de calor desacelerou na última semana, com 1.424 novas ocorrências, frente a 3.510 registros na semana anterior. O acumulado do ano é de 26,9 mil focos de calor até o dia 25 de setembro, número 47% maior do que em todo o ano anterior. Não há alteração significativa na distribuição por biomas, com Amazônia ainda representando mais da metade dos registros, 56%. O Pantanal, que nas últimas semanas sofreu com intensas e extensas queimadas, já responde por 4% do total de focos de calor em sua porção mato-grossense. Com relação às categorias fundiárias, durante o período de proibição, iniciado em 15 de julho, 44,4% das ocorrências foram registradas em imóveis rurais inscritos no Cadastro Ambiental Rural. As terras indígenas acumulam 21% das ocorrências e os assentamentos da reforma agrária acumulam 7,3%. Colniza, Paranatinga e Aripuanã permanecem na liderança com o acumulado de ocorrências. Os dados são do satélite de referência adotado pelo INPE compilados até 25/09.

Atualização em 19/09/2019, 19h

O número de focos de calor em Mato Grosso até 18 de setembro deste ano já superou em 40% o total de focos de todo o ano passado, com 3.510 novos registros na última semana. Entre 11 e 18, a média foi de 500 novos focos por dia. Na última semana, o número de ocorrências nas unidades de conservação do estado aumentou em 61%. Foram 161 focos de calor registrados em apenas uma semana. Apesar de algumas chuvas terem caído na região norte e noroeste do estado – as nuvens brancas podem ser vistas cobrindo a região no mapa abaixo – o bioma amazônico continua sendo o mais afetado, com 57% do total de focos de calor registrados no ano. O segundo bioma mais afetado é o Cerrado, com 40% do total de focos de calor registrados desde o início do ano. Nesse bioma estão as unidades de conservação mais afetadas pelas queimadas em 2019.Proporcionalmente, porém, o Pantanal foi o bioma que mais queimou na última semana. Foi de 643 focos no acumulado desde o início do ano, para 877 focos até 18/09. Foram 234 focos somente nos últimos sete dias, que representam um aumento de 36% desde o início do ano. Seguido do Cerrado com aumento de 18% (1.586 focos) e Amazônia com 13% (1.690 focos). Colniza mantém a posição de município com maior número de focos de calor desde janeiro, com quase duas mil ocorrências, ou 7,5% do total de ocorrência. No segundo lugar, porém, Aripuanã foi ultrapassado por Paranatinga. Cáceres, no Pantanal, ocupa a 10º posição com 510 ocorrências. Para todos os 9 dos 10 municípios com o maior número de ocorrências em 2019, a maior parte foi registrada a partir de 15 de julho, início da proibição de uso do fogo. A exceção é Feliz Natal. Os dados são do satélite de referência adotado pelo INPE compilados até 18/09.

Atualização em 12/09/2019, 20h

O número de focos de calor em Mato Grosso até 11 de setembro deste ano já superou em 20% o total de focos de todo o ano passado. Somente nos últimos sete dias, a média foi de 630 novos focos por dia. O total entre 5 e 11 de setembro foi de 4.409 novos registros – bastante superior à semana anterior, com 1.915 focos de calor registrados em sete dias. A seguir neste ritmo e considerando que a estação chuvosa ainda está longe de iniciar, é possível que o número de focos chegue a 35 mil ocorrências, o que seria o maior número em um ano desde 2010.Áreas protegidasAs ocorrências de focos de calor em terras indígenas já respondem por 22% do total no período proibitivo e a proporção está aumentando em relação ao total no estado. No acumulado desde janeiro, são mais de 4 mil focos, aumento de 52% em relação ao mesmo período no ano passado. As terras indígenas do povo Xavante são as mais afetadas no acumulado desde janeiro deste ano. Nesse ano de 2019, sete das dez terras indígenas mais críticas de Mato Grosso são Xavante. As TIs Areões (415 focos), Pimentel Barbosa (409 focos) e Parabubure (406 focos) são as mais afetadas. De acordo com as lideranças Xavantes, a maior parte dos focos parte de fora dos limites das terras.Entre as unidades de conservação, as que protegem o Cerrado são as mais afetadas pelas queimadas até agora. O Parque Nacional da Chapada dos Guimarães fechou nesta semana para visitação devido ao risco oferecido pelo fogo dentro do parque. A estimativa é que o fogo já tenha consumido 5 mil hectares de vegetação.Biomas e categorias fundiáriasCresce o número de ocorrências no Cerrado, que já responde por 39% do total. O bioma Amazônia tem 58% e os outros 3% estão no Pantanal. Colniza dificilmente deixará a posição de liderança como município com o maior número de ocorrências – já são 1,5 mil desde 15 de julho, quando o uso de fogo para manejo agropecuário é proibido pelo Estado. É seguido por Aripuanã, Nova Bandeirantes e Apiacás, todos da região Norte e Noroeste.Imóveis rurais cadastrados respondem por 45% do total de registros de focos de calor desde o início do período de proibição; 25% são áreas não cadastradas e 6% em assentamentos da reforma agrária.Os dados são do satélite de referência adotado pelo INPE compilados até 11/09.

Atualização em 06/09/2019, 10h

Foram 1.915 focos de calor registrados nos últimos 7 dias. O total acumulado desde 01/01 subiu para 17.633 focos de calor, 74% de aumento em relação a 2018. É possível que durante o final de semana se supere o número total de focos de calor registrado em todo o ano de 2018 em Mato Grosso. Nada indica que o ritmo de aumento de focos desacelere. A estação seca deve durar até meados de outubro. No período proibitivo já são 10.183 focos de calor, 104% de aumento em relação ao ano passado. O bioma Amazônia segue o mais atingido, com 61% do total de focos do ano. Colniza permanece como o município com o maior número de ocorrências, respondendo por 11% do total de focos desde o início do ano e por 24% no período proibitivo. Em relação as categorias fundiárias, nos imóveis rurais cadastrados ocorreram 56% do total de focos de calor desde o início do ano.As terras indígenas estão sendo proporcionalmente mais atingidas nas duas últimas semanas, aumentando sua parcela de ocorrência de focos de calor para 17% desde o início do ano e por 21% no período proibitivo. Os dados são do satélite de referência adotado pelo INPE compilados até 04/09.

Atualização em 29/08/2019, 10h

Subiu para 15.718 o total acumulado de focos de calor em Mato Grosso desde 1º de janeiro de 2019. Somente nos últimos nove dias, foram 2.036 novos focos  de calor. O aumento em relação ao mesmo período do ano passado, de janeiro até 28 de agosto, já é de 90%. Amazônia segue sendo o bioma mais atingido, com 63% do total de focos do ano. Somente no período de proibição, iniciado em 15 de julho, Mato Grosso acumula 8.268 focos de calor 175% de aumento em relação ao ano passado. As regiões Norte e Noroeste de Mato Grosso são as mais afetadas. O município de Colniza permanece na triste liderança, com 10% do total de focos desde o início do ano e 22% das ocorrências no período de proibição. Aripuanã também permanece no topo, com o segundo maior número de focos no período de proibição de uso do fogo em Mato Grosso. Em relação as categorias fundiárias, as áreas não cadastradas aumentaram sua parcela de focos, sendo 20% desde o início do ano e por 29% desde 15 de julho. Os imóveis cadastrados no CAR, no entanto, permanecem com a maior fatia de focos de calor desde o início do período de proibição de uso do fogo, 45% do total. O número de casos em terras indígenas é preocupante. A mais afetada é a Terra Indígena Paresi, com 338 focos. acumulados desde janeiro, seguida pela TI Pimentel Barbosa (289), Parabubure (267), Parque Indígena do Xingu (251) e Areões e Maraiwatsede, cada uma com 199 focos de calor acumulados desde janeiro. Entre as unidades de conservação, os cinco mais afetados são o Parque Estadual Serra de Ricardo Franco e o Parque Estadual Serra de Santa Bárbara, próximos à divisa com a Bolívia, o Parque Estadual do Araguaia no Leste de Mato Grosso, a Estação Ecológica do Rio Roosevelt, no Noroeste e o Parque Nacional de Chapada dos Guimarães, próximo a Cuiabá.

Atualização em 22/08/2019, 17h

De janeiro a agosto de 2019 Mato Grosso acumula mais de 13 mil focos de calor, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, INPE. É 87% a mais do que no mesmo período do ano anterior e 205% a mais se considerarmos apenas o período de proibição de queimadas, iniciado em julho. Do total desde janeiro, 60% dos focos de calor foram em áreas privadas registradas no Cadastro Ambiental Rural. No bioma Amazônia, os municípios com maior número de focos estão no Noroeste do estado, seguindo a mesma tendência de dados do desmatamento ilegal. Colniza é o campeão disparado, com 1.076 focos acumulados, sendo 1.049 registrados desde o início do período proibitivo em 15 de julho. Em seguida vem Aripuanã, com quase metade das ocorrências de Colniza. No bioma Cerrado, Paranatinga acumula o maior número de focos de calor.As queimadas ocorrem principalmente nas propriedades particulares. Desde janeiro, 60% dos focos de calor foram em áreas privadas registradas no Cadastro Ambiental Rural, 16% em Terras Indígenas e 1% em Unidades de Conservação.

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