O uso de drones e das geotecnologias podem ser grandes aliados no planejamento e na gestão de áreas da agricultura familiar. Nas regiões norte e noroeste de Mato Grosso, essas ferramentas têm sido empregadas no planejamento e implantação de Sistemas Agroflorestais (SAFs) pelo projeto Redes Socioprodutivas, coordenado pelo Instituto Centro de Vida (ICV) com apoio do Fundo Amazônia.
No dia 5 de setembro, em Paranaíta (839 km de Cuiabá), uma equipe técnica do projeto visitou propriedades rurais ligadas à Cooperativa dos Produtores Hortifrutigranjeiros do município (Coopervila), no assentamento Boa Esperança.
O objetivo, segundo o engenheiro florestal Weslei Butturi, do Núcleo de Geotecnologias do ICV, foi identificar em que situação as propriedades se encontram, e poder planejar de forma sistematizada e com precisão a disposição das mudas que irão a campo.
“A ferramenta traz qualidade de imagem dificilmente conseguida por outros meios. É possível fazer o imageamento de alta resolução, auxiliando no planejamento das ações que serão executadas e na realização do mapa”, explicou.
Além disso, o trabalho buscou verificar como o elemento arbóreo irá compor ao longo do tempo a paisagem produtiva do assentamento: com a implantação dos SAFs, serão agregadas espécies como o cupuaçu, açaí, acerola, castanha-do-brasil e copaíba, além de espécies semiperenes, como abacaxi e banana.
O plantio dos SAFs nas propriedades está previsto para a primeira quinzena de novembro. Além das mudas, será feita a semeadura de uma “muvuca” de sementes de 20 espécies arbóreas nativas da região. A meta é compor as agroflorestas, agregando diversidade e muitos benefícios ecológicos e econômicos ao agroecossistema implantado.
De acordo com o biólogo Eduardo Darvin, coordenador do projeto, a coleta e a análise de imagens de drones são parte relevante dos trabalhos de campo e estão vinculadas ao estudo de viabilidade econômica das áreas.
“É essencial para conseguirmos planejar de forma sistematizada e colocar no mapa um elemento visual de alta resolução, podendo monitorar o desenvolvimento em cada propriedade de acordo com suas necessidades”, disse.
Segundo Darvin, outras iniciativas ligadas ao projeto, como o mapeamento de castanhais nativos, já se beneficiam há mais tempo da tecnologia. “Essa será nossa primeira experiência com o uso de drones na implantação de sistemas agroflorestais”, relatou.
O investimento é promissor. De acordo com estimativas da coordenação do projeto, cada hectare cultivado com SAFs poderá render até R$ 25 mil por ano ao produtor.
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