Daniela Torezzan / ICV
Boletim do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) divulgado nesta segunda-feira aponta que de toda a exploração florestal realizada em Mato Grosso, entre agosto de 2010 e julho de 2011, 53% foram em áreas autorizadas e 47% em áreas não autorizadas, o que dá uma noção do tamanho da ilegalidade nesse setor. Os dados já haviam sido apresentados durante um seminário realizado no mês de agosto, em Cuiabá, que discutiu o sistema de monitoramento e controle da exploração florestal em Mato Grosso.
No boletim Transparência Manejo Florestal do Mato Grosso, o Imazon avaliou a situação da exploração madeireira no Estado de agosto de 2010 a julho de 2011. Para isso, utilizou informações dos sistemas de controle da Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema): Sistema Integrado de Licenciamento e Monitoramento Ambiental (Simlam) e Sistema de Comercialização e Transporte de Produtos Florestais (Sisflora).
De acordo com o Instituto, a análise das imagens de satélite revelou que aproximadamente 139.407 hectares de florestas foram explorados durante o período. Desse total, 73.953 hectares (53%) foram autorizados pela Sema e 65.454 hectares (47%) não foram autorizados. Do total não autorizado, a maioria (64.852 ou 99%) ocorreu em áreas privadas, devolutas ou sob disputa e 602 hectares (1%) ocorreram em Áreas Protegidas, assentamentos de reforma agrária e Unidades de Conservação. Quando comparados os números das explorações entre o período anterior (agosto de 2009 a julho de 2010) e o recente (agosto de 2010 a julho de 2011), foi observada uma redução de 41% (52.294 hectares) na ocorrência de exploração autorizada e de 34% (34.346 hectares) na de exploração não autorizada.
Nas áreas exploradas com autorização, o Imazon avaliou a situação das respectivas Autorizações de Exploração Florestal (Autex) liberadas em 2011 e verificou que a grande maioria (98%) estava regular. O restante (2%) apresentou alguma inconsistência, tal como manejo autorizado em área desmatada.
O boletim também traz uma avaliação da qualidade da exploração florestal entre os dois períodos analisados usando imagens de satélite. Foi verificado que a área com exploração de boa qualidade reduziu de sete mil hectares para dois mil hectares; a área explorada com qualidade intermediária se manteve em 38 mil hectares; e a área explorada com baixa qualidade reduziu expressivamente: de 80 mil hectares para 34 mil hectares.
Por último, o Imazon verificou, nas imagens de satélite, que em 99% das áreas exploradas com manejo florestal, avaliadas entre agosto de 2007 e julho de 2011, a floresta foi mantida, enquanto em apenas 1% houve desmatamento.
Baixe o boletim completo aqui.
Veja aqui apresentação de André Monteiro (Imazon) feita durante o Seminário de monitoramento e controle da exploração florestal em Mato Grosso.
Nesta quinta (14), o Instituto Centro de Vida (ICV) celebra seus 31 anos de atuação. Em comemoração, elaboramos uma lista com 31 fatos importantes sobre a instituição. Você sabia? 1.Temos sede em Cuiabá e Alta...
ver maisGestão e planejamento em conjunto com a adoção de boas práticas diretamente em campo têm o potencial de transformar a atividade produtiva da pecuária mais sustentável e rentável na Amazônia. É o que mostra duas...
ver maisO Instituto Centro de Vida (ICV) abriu edital para contratação de consultoria especializada para a realização de um estudo sobre acesso, inclusão e democracia digital no norte e noroeste de Mato Grosso. Uma pauta que...
ver maisRua Estevão de Mendonça, 1770, Quilombo
Cuiabá – MT – Brasil
CEP: 78043-580
+55 (65) 3621-3148
Av. Ariosto da Riva, 3473, Centro
Alta Floresta – MT – Brasil
CEP: 78580-000
+55 (66) 3521-8555
Fique por dentro dos nossos conteúdos exclusivos para você.
© 2020 - Conteúdo sob licenciamento Creative Commons Atribuição 2.5 Brasil ICV - Instituto Centro de Vida
Desenvolvido por Matiz Caboclo