23 mar 2015
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Cotriguaçu: um olhar sobre a participação da agricultura familiar no Conselho de Meio Ambiente

Autor: Assessoria de comunicação

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Carolina de Oliveira Jordão, do ICV, apresenta
trabalho durante reunião do CMMA, no último.
dia 18/03 – Foto: Sucena Shkrada Resk/ICV

Sucena Shkrada Resk/ICV

Identificar as motivações e limitações da participação do setor da agricultura familiar no Conselho Municipal de Meio Ambiente (CMMA) de Cotriguaçu (MT), na Amazônia, visando encontrar possíveis caminhos para o fortalecimento desta representação. Essa é a proposta do trabalho realizado por Carolina Jordão, analista de gestão ambiental do Instituto Centro de Vida (ICV). A pesquisa foi elaborada durante sua participação no curso de Especialização em Gestão Colaborativa de Sistemas Socioecológicos de Produção Familiar na Amazônia, uma iniciativa do ICV e do Instituto Ouro Verde (IOV), em parceria com a Universidade da Flórida (UF) e Universidade Estadual do Mato Grosso (Unemat). A iniciativa foi apresentada na reunião ordinária deste mês do CMMA.

Segundo a autora, os caminhos possíveis para a melhoria contínua desta participação se encontram na promoção da paridade, da representatividade, da efetivação das deliberações, como também da publicidade das ações. “Uma das conclusões, neste trabalho, é que há possibilidade de a diretoria do CMMA melhorar continuamente a facilitação das reuniões e apoiar o transporte dos integrantes. O ICV também pode contribuir na assessoria técnica da diretoria e na realização de  capacitações voltadas aos agricultores familiares e outros conselheiros, fortalecendo a participação social”, disse.

No levantamento realizado com oito entrevistados foi identificado que o fator  que mais motiva os agricultores familiares a participarem do espaço de cidadania proposto pelo CMMA é a busca por conhecimento e informação (33%), seguida pelas questões ambientais (28%), a possibilidade de discussão e debate (22 %) e de oportunidade e soluções (17%).

Como fatores de limitações, as dificuldades de acesso ocasionadas por causa da distância dos projetos de assentamentos, dos poucos meios de locomoção e do custo do transporte foram fatores que se destacaram (46%) nas respostas. Algumas comunidades ficam distantes cerca de 100 quilômetros do centro do município, como a de Ouro Verde, e o valor da passagem de ônibus (ida e volta) atualmente chega a cerca de R$ 60.

Dividir o tempo entre o trabalho diário e a participação no Conselho também tem um peso significativo para esses agricultores (23%).  Muitos iniciam suas jornadas nas primeiras horas da manhã e dependem desta iniciativa para a subsistência e geração de renda. A timidez é mais um obstáculo a superar (15%), segundo eles, para que possam se expressar mais nos diálogos e manifestações nas reuniões.

O apoio à gestão ambiental municipal integra as atividades do Projeto Noroeste: território sustentável, desenvolvido pelo ICV e parceiros, com apoio do Fundo Vale. O principal objetivo do projeto é fortalecer e consolidar o noroeste de Mato Grosso como um território florestal, por meio do incentivo e da disseminação de soluções produtivas sustentáveis e com boa governança social e ambiental.

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