16 jun 2012
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Cotriguaçu Sempre Verde é apresentado na Rio+20

Autor: Assessoria de comunicação

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– Daniela Torezzan / ICV

Projeto é desenvolvido com base na proposta de municípios verdes

Contribuir para uma nova trajetória de desenvolvimento socioambiental e econômica pautada na conservação e no manejo sustentável dos recursos naturais com a integração de todos os setores. Esta é a proposta desafiadora do projeto Cotriguaçu Sempre Verde que foi apresentado neste sábado (16) no evento Economia Verde como indutor de conservação na Amazônia brasileira, promovido pelo Fundo Vale, durante a Rio+20, realizada no Rio de Janeiro/Brasil.

O projeto é desenvolvido pelo Instituto Centro de Vida (ICV) e parceiros, com apoio do Fundo Vale, na região noroeste de Mato Grosso, onde ainda existe um grande maciço florestal. O próprio município possui cerca de 80% da floresta nativa preservada, mesmo tendo a base econômica pautada pela pecuária e madeira. De acordo com o ICV, a escolha do município para o desenvolvimento do projeto foi devido, principalmente, à alta taxa de desmatamento e à diversidade de usos da terra.

Entre 2000 e 2008, a taxa média de desmatamento em Cotriguaçu foi de 1,5% ao ano, acima da média da região (1,0%). Os 9.400 quilômetros quadrados do território estão divididos entre Unidades de Conservação (14%), Terras Indígenas (18%), assentamentos rurais (14%) e áreas particulares (54%).

Segundo Renato Farias, coordenador adjunto do ICV que também coordena o projeto, esse cenário fez surgir a necessidade de um trabalho que considerasse todos os segmentos sociais numa abordagem integrada. Na apresentação, o coordenador explicou os cinco grandes eixos de trabalho: gestão ambiental municipal, programa de boas práticas agropecuárias, programa de desenvolvimento do bom manejo florestal (Prodemflor), gestão dos recursos naturais nos assentamentos e integração das áreas protegidas. “Acreditamos que somente com uma visão integrada do território podemos contribuir para uma gestão socioambiental mais eficiente para a região”, disse Renato.

Mirela Sandrini, diretora de operações do Fundo Vale, disse que a proposta é justamente trabalhar em redes, mantendo uma relação de parceria com os projetos financiados. “Nosso interesse é desenvolver atividades conjuntas, integradas que possam somar os resultados, ter adicionalidade. Trabalhamos com a perspectiva de governança e empoderamento das sociedades locais”, explicou.

O evento Economia Verde como indutor de conservação na Amazônia brasileira também mostrou projetos desenvolvidos no Pará, Acre e Amazonas.

Alguns resultados do projeto Cotriguaçu Sempre Verde

Componente de Gestão Ambiental Municipal
– Capacitação do Conselho Municipal de Meio Ambiente que culminou com a elaboração e entrega de uma proposta do município para o Fundo Amazônia

– Capacitação de técnicos da prefeitura e implantação do Laboratório de Geotecnologias para fazer o monitoramento independente

Componente de Boas Práticas de Manejo Florestal
– Capacitação dos empresários madeireiros para melhores práticas de manejo florestal.
– Criação do Programa do Bom Manejo Florestal – Prodemflor
Essa iniciativa conta com a parceira da ONF (Office National des Forêts – Serviço Nacional de Florestas) e do IFT (Instituto Floresta Tropical) – que atuam na região.

Componente de Boas Práticas Agropecuárias
– Criação do Programa de Boas Práticas Agropecuárias: capacitação de pequenos e médios produtores de gado de corte e leite com orientações sobre melhorias das práticas de produção, sanidade, recuperação de áreas degradadas, melhoria da produtividade através do piqueteamento de pastagens. Em algumas propriedades foram entregues kits para instalação de energia solar, o que levou energia elétrica para lares onde não havia.
Todo o trabalho de Boas Práticas Agropecuárias conta com uma parceria da Embrapa Silvipastoril, de Sinop/MT, sendo que os técnicos do ICV receberam capacitação e agora são multiplicadores da iniciativa em Mato Grosso. Essa proposta também está em acordo com a ideia de produção da pecuária com baixa emissão de carbono.

Componente de Gestão dos Recursos Naturais em Assentamentos
– Apoio e capacitação para organização comunitária;
– Diagnóstico e elaboração do Plano de gestão dos assentamentos;
– Seminários sobre produção e comercialização da produção;
– Atualmente está sendo elaborado um projeto para participar de uma chamada pública de cadeias produtivas sustentáveis, em parceira com associação de mulheres dos assentamentos;a

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