Sucena Shkrada Resk/ICV
Os desafios enfrentados pelos agricultores familiares no Brasil, especialmente na Amazônia, não são poucos. Entre eles estão conseguir gerar renda com a sua produção no campo e superar as burocracias para participar de chamadas públicas onde estão algumas oportunidades de comercialização. Mas essa realidade começa a mudar para cinco produtores rurais de comunidades do Projeto de Assentamento Nova Cotriguaçu, no município de Cotriguaçu, na região Noroeste mato-grossense. Eles conquistaram uma oportunidade e deverão entregar, neste ano, seus produtos à merenda escolar da Escola Municipal do Campo Aldovandro da Rocha Silva, por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), com recursos financeiros da União.
O trabalho até essa conquista foi longo. Começou no ano passado com a organização de produtores e grupos para obter os documentos necessários para participar do edital do governo federal, como a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP), e passa pelo processo em andamento da constituição de unidades comunitárias de beneficiamento de alimentos e, ainda, a obtenção do laudo da vigilância sanitária. Essa iniciativa conta com o apoio do Instituto Centro de Vida (ICV), por meio de um projeto de desenvolvimento territorial sustentável.
A variedade de produção revela a diversidade de plantios desses agricultores familiares. Nilsa Serafim Oliveira Barros, da comunidade Nova Esperança, por exemplo, irá fornecer quiabo, vagem, bolacha de melado, de polvilho e pão de abóbora. Já Luiz Vieira do Nascimento disponibilizará diferentes tipos de bananas e mamão formosa. Irineu Alves Ortiz, da comunidade Ouro Verde, tem como ponto forte, alimentos como banana nanica, inhame e palmito pupunha, entre outros. No caso de Maria Margarida, da comunidade Santa Clara, a produção é de batata doce e de farinha de mandioca. E Edemir Oliveira Cezar fornecerá desde abóboras, à alface e almeirão.
Segundo Taís de Souza Gélio Schuster, nutricionista responsável pela elaboração do cardápio da merenda escolar da Secretaria Municipal de Educação, a aquisição do que é plantado, colhido e beneficiado por esses trabalhadores rurais é uma forma de possibilitar o oferecimento de alimentos mais saudáveis aos estudantes. “Garante o enriquecimento na alimentação escolar, com vitaminas e sais minerais. Geralmente, não temos esses produtos disponíveis no mercado. E, para muitas famílias, essa é a única fonte de renda deles e significa ainda o fortalecimento da economia no município”, afirma.
Essas famílias integram as atividades do Projeto Noroeste: território sustentável, desenvolvido pelo ICV, com apoio do Fundo Vale. O principal objetivo do projeto é fortalecer e consolidar o noroeste de Mato Grosso como um território florestal, por meio do incentivo e da disseminação de soluções produtivas sustentáveis e com boa governança socioambiental.
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