29 jul 2015
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Cotriguaçu: comunidade se dedica ao mapeamento da cadeia socioprodutiva do babaçu

Autor: Assessoria de comunicação

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Cadeia de valor do babaçu foi o foco da atividade do mapeamento. Foto: Sucena Shkrada Resk/ICV

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Foto: Sucena Shkrada Resk/ICV

Uma manhã e uma tarde foram dedicadas ao mapeamento da cadeia socioprodutiva do babaçu por cerca de 40 pessoas, na última sexta-feira (24/07), durante oficina realizada na comunidade Santa Clara, no Projeto de Assentamento Nova Cotriguaçu, em Cotriguaçu, no noroeste mato-grossense.  Agricultoras familiares, técnicos do setor, estudantes e representantes do poder público se debruçaram nos potenciais e desafios dessa iniciativa que envolve os grupos de mulheres das comunidades Santa Clara e Ouro Verde, do extrativismo ao processo de beneficiamento. Um próximo encontro está programado para este semestre para consolidar o trabalho, com a apresentação de propostas.

A dinâmica, facilitada pelos consultores Fábio Wesley de Melo e Luciana Rocha, da Ecooideia – Ideias Ambientais e Tecnologias Sociais, resultou em um quadro que expôs possibilidades, limitações e visão para a melhoria do processo. A necessidade de regularização fundiária e de conhecimentos mais aprofundados cientificamente sobre o babaçu são alguns dos pontos destacados pelos presentes. Um levantamento está sendo promovido pela Universidade do Estado do Mato Grosso (Unemat) – campus Alta Floresta, por meio de projeto de iniciação científica do estudante de agronomia Felipe Alan Valiguzski.

Para Patrícia Lopes Damaceno de Jesus, do Grupo de Mulheres Unidas (comunidade Ouro Verde), a conquista da autonomia é uma das metas que ela e suas companheiras também almejam. “Muita coisa está mudando em nossa vida. Saber que a gente é capaz de se organizar e fazer muito mais que lavar a roupa e varrer a casa, ganhando nosso próprio dinheiro por meio de nosso trabalho com o babaçu”, afirma.  Segundo ela, o seu sonho envolve as demais colegas. “Desejo que a gente consiga evoluir, ter mais entrosamento e crescimento. Com essa força coletiva de trabalho, conseguiremos numa etapa mais adiante, construir nossa cozinha”.

A agricultora familiar Maria Margarida de Oliveira Barbosa, do Grupo de Mulheres da Paz, da comunidade Santa Clara, citou a importância da introdução gradativa de equipamentos, que está ocorrendo para a melhoria do trabalho (veja mais em Cotriguaçu: projeto com babaçu envolve agricultoras familiares de duas comunidades).

A iniciativa faz parte das atividades desenvolvidas pelo Instituto Centro de Vida (ICV), no Projeto Cotriguaçu Sempre Verde – Fase II, que busca consolidar uma nova trajetória de desenvolvimento municipal, pautada na construção de soluções sustentáveis de produção e governança socioambiental. O projeto iniciado em 2011 tem o apoio do Fundo Vale. A oficina também faz parte de ações em parceria com o Projeto PPP-ECOS (Programa de Pequenos Projetos Ecossociais), com recursos do Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN) e com o Fundo Socioambiental CASA.

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