05 ago 2015
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Agricultoras são incentivadas em processo de empoderamento

Autor: Assessoria de comunicação

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“Nena” representou o Grupo de
Mulheres Unidas (Comunidade Ouro Verde).
Foto: Suzanne Scaglia/ICV

Relatar pela primeira vez a experiência do Grupo de Mulheres Unidas, da Comunidade Ouro Verde, de Cotriguaçu, no noroeste-matogrossense, com o extrativismo e beneficiamento do babaçu,  a mais de 50 pessoas de diferentes partes do Brasil, foi uma experiência única, segundo Aparecida Silva de Santana, mais conhecida por “Nena”. Entre os dias 19 e 24 de julho, ela esteve em Brasília, participando da Oficina Gestão de Projetos, do Fundo Socioambiental Casa, quando também ouviu relatos de iniciativas socioambientais das mais diversas e aprendeu pontos importantes para o empreendedorismo coletivo. Essa vivência aguçou a vontade da trabalhadora rural para melhorar o desempenho de seu grupo.

“Um de nossos desafios é ampliar nossa participação, mudar o jeito que fazemos nossas reuniões e torná-las mais frequentes. Sem comunicação, os projetos não vão para frente. Mais um ponto que precisamos adotar, é o monitoramento, além de nos preocuparmos com o capital de giro”, disse.

Nena conta que o coração acelerou, quando explicou aos participantes do evento, que o grupo, com cerca de 10 mulheres, produz a farinha de mesocarpo para compor a ração animal e a meta das agricultoras é ampliar a geração de renda, com outros produtos, como bolacha, pão e biojoias.

“Conheci também ações muito interessantes, como da mobilização que acontece na Serra da Gandarela, em MG, para recuperar uma área degradada. Isso me fez pensar que aqui, ainda temos muito floresta que não pode ser destruída. Outra situação que me sensibilizou foi de ribeirinhos, no Amazonas, para melhorar as condições de vida, com relação ao abastecimento de água”.

A agricultora familiar e suas companheiras estão sendo beneficiadas pelo Projeto Cozinha: Mulheres que Lutam, da Associação Grupo de Reflorestamento Agroindustrial de Ouro Verde, aprovado pelo Fundo Socioambiental Casa, em abril deste ano. Por meio dos recursos recebidos nesta iniciativa, já estão sendo instalados um poço semi-artesiano e energia, na área onde ficará a futura cozinha do grupo. Em um prazo de até um ano e meio, está programada a aquisição de diferentes equipamentos, como liquidificador e batedeira industrial, e freezer.

A iniciativa tem assessoria da equipe técnica do Instituto Centro de Vida (ICV), que auxilia no processo de empoderamento das mulheres. Atualmente parte do grupo participa de módulos do Curso Negócio Certo Rural, do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar), e futuramente serão capacitadas em informática básica.

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