Com financiamento do Fundo Amazônia, iniciativa é realizada pelo ICV em 20 propriedades das regiões norte e noroeste de MT
Vinte famílias de agricultores das regiões norte e noroeste de Mato Grosso estão em adiantado processo de transição para produção de café orgânico da Amazônia. A busca por essa mudança no sistema de produção e seu reconhecimento por meio da certificação, que abriria as portas de um mercado que cresce em média 20% ao ano no país, é impulsionada pelo projeto Redes Socioprodutivas, realizado pelo Instituto Centro de Vida (ICV) com o apoio do Fundo Amazônia.
Em parceria com cinco associações de agricultores familiares, o projeto desenvolve ações de capacitação, investimento em infraestrutura e tecnologia e oferece assistência técnica especializada, além de incentivar a organização comunitária.
O engenheiro florestal do ICV Jessé Lopes Carvalho, que é um dos responsáveis pelo contato direto com os produtores, destaca que o cultivo de café orgânico traz tanto benefícios sociais quanto ambientais.
“É uma produção limpa, que traz efeitos positivos à saúde dos consumidores e da família que desenvolve este sistema, pois não existe o contato direto com soluções contaminantes. Além disso, evita a contaminação dos rios, lagos e do lençol freático”, explicou.
Atualmente, apenas uma propriedade rural tem sua produção de café certificada como orgânica na região. As demais estão em processo de transição para produção orgânica e a certificação participativa por meio da recém-criada REPOAMA (Rede de Produção Orgânica da Amazônia Mato-grossense).
O objetivo é promover, aplicar e até mesmo acrescentar algumas tecnologias ao sistema tradicional de produção. O uso de podas, adubação verde, matéria orgânica como cobertura e incorporada ao solo e controle das plantas espontâneas somente por meio da roçada, são algumas das técnicas empregadas.
“Essa prática dá resultado na recuperação do solo, que antes era degradado por meio de práticas insustentáveis. O uso de herbicidas era feito em grande escala, acabando com a diversidade de espécies na área e com a microbiota do solo”, explicou.
Com o fortalecimento da REPOAMA, o projeto estima conseguir a certificação de todas as 20 áreas até 2021. “Queremos tornar a região um polo da produção de café orgânico no país”, afirmou.
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