13 mar 2018
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Documentário premiado expõe impactos das usinas hidrelétricas no rio Teles Pires

Autor: Assessoria de comunicação

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Está disponível para o público o documentário O Complexo, produzido pela Forest Comunicação em parceria com o Instituto Centro de Vida (ICV) e o Fórum Teles Pires. Com roteiro de João Andrade e Thiago Foresti, o curta-metragem, produzido em 2016, mostra as tensões e problemas vividos pelas pessoas da região por consequência da construção de hidrelétricas na bacia do rio Teles Pires. Problemas que, dois anos depois das entrevistas, se intensificaram.

O Complexo recebeu diversas premiações em festivais. O último foi no mês de janeiro, quando o filme recebeu o prêmio de Melhor Documentário Brasil no Festival Brasil de Cinema Internacional. O filme também foi selecionado na categoria Meio Ambiente do The 10th International Kuala Lumpur Eco Film Fest, na Indonésia, em outubro de 2017. Também foi exibido no Cine Kurumin – Festival de Cinema Indígena, na Bahia, e no Festival Internacional de Cinema Ambiental Planeta.Doc, em Florianópolis.

Cartaz do documentário O Complexo

O documentário trata da construção e impacto de quatro usinas hidrelétricas e algumas Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) sobre a bacia do Rio Teles Pires. O filme relata o impacto sobre as vidas de pescadores, indígenas e assentados que vivem no entorno das obras – e, que tiram do rio seu sustento. Também expõe a discrepância entre os discursos dos responsáveis pelas obras e as violências sofridas pelas comunidades.

>> Veja o dossiê completo sobre os impactos das barragens nos povos indígenas que habitam as regiões do Rio Teles Pires: dossiê.

Diversos especialistas também falam sobre o desequilíbrio ambiental gerado a partir da construção dessas usinas e buscam ainda alertar o público sobre os efeitos negativos das construções. Os atos de truculência vividos pelos povos indígenas da área também são retratados. Dirigido por Thiago Foresti, o documentário tem 26 minutos de duração.

Tensão presente

Os problemas mostrados no documentário não apenas não melhoraram, como alguns se intensificaram. Em outubro passado, a Força Nacional de Segurança Pública foi chamada para garantir a segurança das obras na Usina (UHE) São Manoel, em Alta Floresta, na divisa entre Mato Grosso e Pará.

O Ministério da Justiça liberou o emprego da Força Nacional de Segurança Pública em outubro com a previsão de que, inicialmente, os policiais permaneceriam na região até o dia 31 de dezembro. Mas, em 26 de dezembro, para garantir a continuação da construção, o ministro da Justiça, Torquato Jardim, prorrogou o prazo e determinou a permanência da Força Nacional até o dia 28 de fevereiro. Novamente, o decreto, divulgado no Diário Oficial da União, prorrogou para 90 dias a permanência da Força Nacional em Mato Grosso. A previsão, agora, é de que eles fiquem até o final de maio.

Confira o documentário completo neste link:

Prêmio de Melhor Documentário

Festival Internacional de Cinema Socioambiental PLANETA.Doc, 2016 – Florianópolis, SC.

IV Festival Brasil de Cinema Internacional, 2017 – Rio de Janeiro

Mostra dos filmes ganhadores do 4º FBCI no cinema Jóia de Copacabana – Rio de Janeiro

6º Cine Kurumin / Festival de Cinema Indígena, 2017 – Salvador e Aldeia Tupinambá, BA

Exibição na TVE Bahia / Edital do Cine Kurumin, 2017 – Salvador, BA

Prêmio de Outstanding Excellence

Docs Without Borders Film Festival, 2017

The International Kuala Lumpur Eco Film Festival, 2017 – Kuala Lumpur, Malásia

Mostra paralela do Festival do Filme Etnográfico do Recife, 2017 – Recife, PE

Green Film Festival / Filmambiente, 2018 – Brasília, DF

Mostra em eventos das filiais da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD)

Galeria de Imagens: clique para ver em tela cheia

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