A reflexão a respeito dos impactos socioambientais provocados pelo planejamento da matriz elétrica nacional e por grandes obras de infraestrutura sobre povos indígenas e tradicionais tem se tornado foco de reflexões nas artes visuais e começam a ganhar projeção em festivais. Este é o caso do documentário O Complexo, que está sendo exibido hoje no Cine Kurumin – Festival de Cinema Indígena, na Bahia.
Com roteiro de João Andrade e Thiago Foresti e realização do Fórum Teles Pires (FTP) e da Forest Comunicação, a produção tem o apoio do Instituto Centro de Vida (ICV), da International Rivers – Brasil e da Mott Foundation. O documentário apresenta impactos provocados por uma decisão política no âmbito federal, ao optar por grandes empreendimentos hidrelétricos, na Bacia do Tapajós – sub-bacia do Teles Pires, entre Mato Grosso e Pará. Ao longo de 26 minutos, indígenas, agricultores, representantes do Ministério Público Federal, e da Academia, entre outros personagens, retratam quais estão sendo as implicações, no ponto de vista desses atores, sobre a construção de um complexo de quatro usinas, nesta região.
No Cine Kurumin, participam desta edição mais de 60 obras, entre longas e curtas-metragens, de dez países da Ásia, América e da Europa. O festival prossegue até o dia 16, em Salvador. Entre 16 e 19 de agosto, será realizado na Aldeia Tupinambá, localizada na Serra do Padeiro, BA.
Os roteiros tratam de temas variados, nos quais os indígenas enfrentam desde passivos provocados por mineradoras e hidrelétricas à pressão exercida pelo agronegócio. O Festival também apresenta rodas de conversa e debates. Mais detalhes sobre a programação podem ser conferidos no Facebook .
Confira o trailer de O Complexo.
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