Tido para muitos como praga, o babaçu assegura um complemento na renda de várias mulheres do município de Cotriguaçu, na Amazônia mato-grossense. Como é o caso das agricultoras familiares do Grupo de Mulheres da Paz, da Associação Santa Clara.
Elas extraem um óleo do coco da planta, que pode ser utilizado para fins culinários, cosméticos e até industriais. Estima-se que cada litro do produto custe até R$150. Mas, de forma manual, é possível extrair apenas 10 litros do óleo de babaçu por dia.
Para assegurar uma melhor qualidade de trabalho para as agricultoras, o Instituto Centro de Vida (ICV) coordenou a compra de uma prensa extratora de óleos vegetais, que é capaz de produzir 50 litros por hora de trabalho.
Conforme explicou a técnica do Programa de Negócios Sociais do ICV, Benedita Mendes, foi realizada uma oficina com o intuito de capacitar as agricultoras no manuseio e nos cuidados necessários para limpeza e boas práticas.
“Antes, o processo era feito em uma máquina manuseada no braço, de forma bem artesanal. Era utilizada uma alavanca, uma máquina pesada, onde só a força das mulheres era utilizada, então isso demandava muito tempo”, explicou Benedita.
Agora, as agricultoras precisam apenas alimentar a máquina com o babaçu durante o uso. Após a extração do óleo, ele precisa ficar decantando por um período aproximado de 15 dias.
“A gente fez um intercâmbio no Maranhão em 2018, em que visitamos 3 agroindústrias comunitárias que atuavam com o babaçu, e essa máquina foi uma das coisas que a gente viu. As mulheres ficaram muito interessadas e disseram que seria muito útil no dia a dia de trabalho delas”.
O próximo passo é encontrar uma forma para utilizar o bagaço do produto. No maranhão, por exemplo, o resto do babaçu se transforma em ração para gado e peixe. A comercialização deste material pode ser uma nova fonte de renda para as agricultoras.
Redes Socioprodutivas
A prensa extratora de óleos vegetais foi adquirida com recursos do projeto Redes Socioprodutivas, uma iniciativa do ICV com apoio do Fundo Amazônia/BNDES.
Iniciado em 2018, o projeto tem foco em seis cadeias socioprodutivas – Castanha, Babaçu, Hortifrutigranjeiros, Leite, Cacau e Café.
Sua atuação acontece com associações e cooperativa de agricultores familiares de Alta Floresta, Cotriguaçu, Colniza, Paranaíta, Nova Monte Verde e Nova Bandeirantes.
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