24 abr 2020
ALTA FLORESTA

Com protocolo de segurança, iniciativa do ICV assegura renda à agricultura familiar

Autor: Assessoria de Comunicação

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Em plena crise provocada pela pandemia do coronavírus, o trabalho da agricultura familiar ajuda a ampliar a oferta de alimentos aos moradores de Alta Floresta (na região norte de Mato Grosso, a 791 quilômetros de Cuiabá).

Com o apoio das equipes do Instituto Centro de Vida (ICV), a manutenção do fornecimento de hortaliças, legumes e frutas produzidos de forma agroecológica ao mercado local foi assegurada por meio de um protocolo de segurança sanitária para a coleta, o transporte e a destinação das cargas.

O conjunto de medidas listados no documento “Protocolo de Segurança na Distribuição de Alimentos” inclui práticas de distanciamento social, uso de equipamentos de proteção e a higienização correta de todos os materiais empregados.

Da lavoura à entrega da produção ao mercado, todo o processo é conduzido por técnicos do projeto Redes Socioprodutivas, realizado pelo ICV com recursos do Fundo Amazônia. Batizada como Rota Local, a iniciativa atua na coordenação e logística de forma colaborativa entre os grupos da agricultura familiar e a cadeia de alimentos na região.

São 17 famílias de agricultores familiares da região de Alta Floresta contempladas pela iniciativa, que atende pela demanda de mercados para a reposição principalmente de alface, couve, rúcula, milho-verde, pepino, jiló, abobrinha, salsa, cebolinha, banana, abacaxi e queijo.

O trabalho permite ao mesmo tempo a manutenção da renda e da saúde dos agricultores, pois evita que eles tenham que se deslocar até a cidade para comercializar seus produtos. E ainda contribui para evitar o desabastecimento de gêneros alimentícios fundamentais para fortalecer a imunidade da população que vive na cidade.

“Não precisando levar os produtos para a cidade, produzimos ainda mais. Com as medidas, também mantemos nossas vendas estáveis durante a pandemia”, diz a agricultora Márcia da Silva, que afirma ter incorporado com facilidade as orientações para conter a disseminação do vírus no manuseio dos alimentos.

“Essa é a única fonte de renda da maior parte destes agricultores. Eles não poderiam simplesmente parar e ver toda produção se perder. Ao mesmo tempo, era preciso assegurar que essa continuidade não se tornasse um risco à saúde de todos”, explica Eduardo Darvin, um dos coordenadores do projeto.

Segundo ele, o protocolo que está sendo colocado em prática leva em conta a necessidade de proteger os técnicos do ICV, os agricultores e a população. Mesmo assim, as coletas de produtos foram reduzidas de seis para duas vezes por semana.

ICV contra a proliferação do coronavírus

Desde o início da política de isolamento social há cerca de 20 dias, essa foi a única atividade de campo a ser mantida pelo ICV. O restante das ações, inclusive a assistência técnica especializada aos agricultores, vem sendo feita de forma remota.

“Nosso compromisso com a não-proliferação do vírus é permanente. Do mesmo modo, é importante que possamos dar a nossa contribuição à sociedade, que não pode ficar sem um serviço essencial como a produção de alimentos. No final das contas, o que fica evidente é a relevância da agricultura familiar e o papel das entidades do terceiro setor”, avaliou Renato Farias, diretor executivo do ICV.

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