25 maio 2018
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Projeto Redes Socioprodutivas promove intercâmbio entre agricultores familiares

Autor: Assessoria de comunicação

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Entre os dias 21 e 22 de maio, agricultoras familiares das Associações Mulheres Unidas e Mulheres Esperança do Município de Cotriguaçu-MT que trabalham na produção e beneficiamento do cacau, participaram de um intercâmbio com agricultores familiares da cooperativa Camppax (Cooperativa Alternativa Mista dos Pequenos Produtores do Alto Xingu) de São Félix do Xingu-PA, assessorada pelo Imaflora (Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola).  O intercâmbio teve o objetivo de proporcionar a troca de experiências sobre a cadeia de valor do cacau, trazendo os desafios enfrentados pela cooperativa, e os caminhos para superação dos mesmos, através do cooperativismo, da organização comunitária, das boas práticas de produção e beneficiamento do cacau. Novos conhecimentos, novas perspectivas e troca de experiências foram considerados pelos participantes como os principais objetivos alcançados durante o intercâmbio.

A cooperativa comercializa a amêndoa de cacau, em grande escala com certificação orgânica pelo IBD (Instituto Biodinâmico). O primeiro dia de intercâmbio foi marcado por uma atividade de campo com visitas em duas áreas de produção e beneficiamento do cacau, em cada propriedade foi feita uma rodada de apresentação explicando o objetivo da visita, abrindo espaço aos agricultores para que eles pudessem interagir sobre a produção, manejo, beneficiamento e a comercialização do cacau. A história e os desafios da organização comunitária também foram trazidos nas conversas.

Dona Cleusa Aparecida L. de Andrade da Associação Mulheres Esperança PA Nova Cotriguaçu -MT retornou do intercâmbio cheia de novas expectativas. “Estou muito feliz, foi uma grande experiência, ver como a cooperativa conseguiu chegar onde chegou foi um exemplo para todos nós, foi um grande incentivo para continuarmos lutando, muitas vezes ficamos na dúvida se vamos realmente conseguir chegar ao nosso objetivo, vendo de perto que eles enfrentaram dificuldades e chegaram, então a gente também chega, somos um grupo de 6 mulheres e começamos do zero, com o apoio do ICV já estamos bem desenvolvidas, o projeto está nos ajudando muito, agora conseguimos produzir mais e assim aumentar nossa renda, agradeço muito o ICV porque está mudando nossa vida,”  declarou dona Cleusa Aparecida L. de Andrade.

Projeto Redes Socioprodutivas promove intercâmbio entre Agricultores Familiares

Dona Jaquecele Gomes de Oliveira Werner da Associação Mulheres Unidas PA Nova Cotriguaçu-MT classificou o intercâmbio como uma das melhores experiências que já teve. “ Valeu muito o aprendizado que tivemos durante esta viagem, adquirimos novos conhecimentos que vão nos ajudar muito, pudemos conversar com pessoas que trabalham a bastante tempo com o plantio de cacau e ver como elas trabalham, o que fizeram para chegar onde chegaram, eles fizeram todo um histórico da trajetória da Cooperativa, visitamos as áreas de plantio de cacau, pudemos ver de perto como é feito todo o manejo, ver todo o processo pelo qual passa o cacau para que ele tenha uma boa qualidade, com certeza tivemos um grande proveito que vamos levar para a vida toda, em nome do nosso grupo Mulheres Unidas quero agradecer de coração o ICV, nosso grupo é composto por 7 mulheres e iniciou a 4 anos, a partir do ICV tivemos grandes mudanças que faz a gente acreditar que vale a pena, que através desse apoio vamos conseguir chegar ao nosso objetivo,” afirmou dona Jaquecele Gomes de Oliveira Werner.

Para Eduardo Darvin coordenador técnico do ICV que também participou do intercâmbio, esta foi uma grande oportunidade de viver a realidade de um grupo de agricultores que enfrentou muitos desafios, mas conseguiram vencer e chegar ao seu objetivo. “Sabemos que a maioria das cooperativas fecham no primeiro ano de formação por conta das dificuldades do início de qualquer empreendimento, como por exemplo a falta de capacitação técnica, administrativa e até o suporte financeiro. Eles nos mostraram como conseguiram lidar comas demandas e alcançar o mercado através da cooperativa e o apoio do Imaflora. Também foi rica as conversas de agricultor para agricultor que puderam trocar experiências entre si. Enquanto técnico também tive uma grande experiência, pudemos ver a atuação do Imaflora, analisar os pontos principais onde podemos atuar e contribuir para que as cooperativas parceiras do nosso projeto avancem a passos largos. Os desafios são muitos e o trabalho é árduo mas o resultado aparece e toda a luta vele a pena”, afirmou Eduardo Darvin.

 

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