Estudantes de todas as idades, educadores e agricultores familiares participaram do evento. Foto: Sucena Shkrada Resk/ICV
O início de setembro, no último dia 1º, na Escola do Campo Aldovandro da Rocha Silva, no Projeto de Assentamento Nova Cotriguaçu, em Cotriguaçu, Mato Grosso, teve uma programação diferenciada na rotina escolar, que reforçou a importância da agroecologia, da segurança alimentar e da conservação ambiental, com a realização da 1ª Feira de Sementes Crioulas e Mudas da comunidade Nova Esperança, que recebeu também a visita de agricultores de outras comunidades. O objetivo é iniciar uma dinâmica de resgate e conservação da agrobiodiversidade nas comunidades. Para isso, os professores preencheram fichas de catalogação do material recebido.
Alguns alunos da escola de campo fizeram poesias e apresentações sobre a importância da semente crioula. Foto: Sucena Shkrada Resk/ICV
Por meio da mobilização da própria comunidade escolar e da Associação de Agricultura Familiar e Desenvolvimento Comunitário de Nova Esperança, no evento foram levadas cerca de 70 espécies, entre sementes e mudas agrícolas, ervas medicinais e florestais. No final, esse montante foi partilhado entre eles, com o compromisso de cultivarem em suas casas.
O colorido tomou conta da área de refeitório da escola. Havia de tudo um pouco. Diferentes tipos de feijão, arroz e ervas medicinais, como macaé conhecida por suas propriedades contra febre e reumatismo, e saião, por ser anti-inflamatória. Entre as espécies florestais, estavam a copaíba, a morcegueira e a embaúba.
“Acho importante este tipo de incentivo tanto para as crianças, como para nós, adultos, para combater o uso de agrotóxicos”, disse Gercina Souza Chagas, da comunidade Novo Horizonte, que é agricultora familiar há mais de 30 anos. Ela levou para plantar em seu sítio, desde gergelim à copaíba.
Para o estudante Fernando Lucas, 13, que cursa a 6ª série, a atividade possibilitou conhecimentos que ainda não tinha. “Trouxe lá de casa, sementes de abóbora e arroz que meus pais cultivam. Pude aprender que a semente crioula é boa porque não tem veneno e isso é importante para garantir nossa saúde”, disse.
A agricultora familiar Gercina acha importante difundir o conhecimento das sementes crioulas aos jovens. Foto: Sucena Shkrada Resk/ICV
José Schumaker, presidente da Associação de Agricultura Familiar e Desenvolvimento Comunitário de Nova Esperança, afirmou que a participação das crianças e jovens favorece esse aprendizado entre as famílias.
A atividade organizada pelo Instituto Centro de Vida (ICV) integra o projeto Cotriguaçu Sempre Verde – Fase II, que busca consolidar uma nova trajetória de desenvolvimento municipal, pautada na construção de soluções sustentáveis de produção e governança socioambiental. O projeto iniciado em 2011 tem o apoio do Fundo Vale.
Veja também o vídeo que produzimos no evento.
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