Compreender a ‘linguagem’ do solo, por meio do uso de todos os sentidos. O odor, o tato, a visualização da cor e até o barulho podem dar sinais das condições de qualidade e ser uma ferramenta didática interessante para dar aula. Onze educadores da Escola Municipal do Campo Aldovandro da Rocha Silva, no Projeto de Assentamento Nova Cotriguaçu, em Cotriguaçu, Mato Grosso, tiveram esta experiência, no dia 6 de junho, quando foi ministrada a segunda oficina de capacitação pelo Instituto Centro de Vida (ICV) aos professores.
Esta parte prática possibilitou que pudessem verificar as diferenças entre áreas com e sem impactos ambientais e propor melhorias com espécies locais, nessa região amazônica, com a utilização dos adubos verdes (feijão de porco e guandu, entre outros). O encontro anterior tratou do tema “Agroecologia”, no dia 26 de maio.
Os professores também puderam narrar suas próprias experiências. “Já comecei a fazer a diferença no meu próprio quintal, desde o ano passado. Juntei as folhas secas do nosso jambeiro, que se transformaram em adubo. Muita gente acha que é para ir para o lixo e está enganada”, contou Lindalva da Silva Nascimento, professora do Ensino Fundamental I.
Durante a atividade na segunda-feira, Lindalva e seus colegas ainda obtiveram conhecimentos sobre sementes crioulas ou nativas e o papel dos chamados guardiões (ãs), e quais os cuidados com o armazenamento, além das características das espécies transgênicas. Puderam se familiarizar com experiências de bancos de sementes, como a Rede de Sementes do Xingu e do Alto Araguaia. Inclusive, a comunidade de Nova Esperança, onde está localizada a escola, tem programada a sua primeira feira de troca de sementes crioulas, neste semestre.
Neste contexto, aprenderam a importância dos polinizadores (abelhas, aves, morcegos, abelhas…) para a manutenção do ciclo de vida ecossistêmico, que faz parte da realidade bem próxima desses educadores na área rural.
A atividade tem por objetivo a qualificação da proposta de educação do campo da escola e aproximá-la da comunidade, e os temas foram escolhidos pelos próprios professores. A iniciativa integra a segunda fase do Projeto Cotriguaçu Sempre Verde, iniciado no ano de 2011, pelo ICV e parceiros.
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