04 mar 2015
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Da terra ao doce: o processo do valor agregado

Autor: Assessoria de comunicação

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A agricultora familiar Cleusa Aparecida, do PA Nova Cotriguaçu (MT) gera renda com doces e artesanato – Foto: Sucena Shkrada Resk/ICV

A agricultora familiar Cleusa Aparecida, do PA
Nova Cotriguaçu (MT) gera renda com doces e
artesanato – Foto: Sucena Shkrada Resk/ICV

A cozinha da agricultora familiar Cleusa Aparecida Lúcio Andrade, na comunidade Ouro Verde, localizada no Projeto de Assentamento (PA) Nova Cotriguaçu, em Mato Grosso, lembra cenários de fábulas. As panelas brilham sobre as prateleiras decoradas com peças de pano e crochê que ela mesma confecciona. Muitos adereços, por sinal, ganham toque de criatividade com o uso de CDs usados ou garrafas PET recicladas. Nesse ‘cantinho’ culinário, o fogão está em constante funcionamento e do lado de fora da casa um rico pomar e plantação emolduram esse cenário rural. É desse espaço, no meio do bioma amazônico, que saem chocolates feitos com o cacau que a família cultiva em seu sítio, doces de leite e queijos caseiros com matéria-prima da criação local. Da terra ao doce, um processo de agregação de valor.

 

O perfil empreendedor é uma característica que marca o cotidiano de “dona” Cleusa. Após produzir seus doces, embala com cuidado e higiene, e segue para vender na região do assentamento e no centro do município de Cotriguaçu, que fica cerca de 70 quilômetros de lá. No processo boca-a-boca, ela já começou a adquirir uma clientela fiel e, inclusive, alguns “discípulos”, como a sua filha Janaína, 12 anos, que gosta de aprender  com sua mãe e já cria seus próprios produtos artesanais, em horas vagas depois do horário escolar.

A agricultora familiar Cleusa e sua filha
Janaína, : uma relação de aprendizado
Foto: Sucena Shkrada Resk/ICV

A agricultora familiar também tem mais uma atribuição, esta como presidente do Grupo de Mulheres da comunidade Nova Esperança, atualmente com seis integrantes, que fica a alguns quilômetros de onde mora e está em funcionamento desde 2011.  Segundo ela, uma das principais metas delas atualmente, com o apoio do Instituto Centro de Vida (ICV), é a finalização da cozinha comunitária de lá, na qual elas farão pães, bolachas e doces para comercializar e gerar renda às famílias.  “É uma forma colaborativa de trabalhar e conseguir fazer mais variedades de produtos”, diz ela.

Aparecida faz parte do grupo de famílias que integram as atividades do Projeto Noroeste: território sustentável, desenvolvido pelo Instituto Centro de Vida (ICV) e parceiros, com apoio do Fundo Vale. O principal objetivo do projeto é fortalecer e consolidar o noroeste de Mato Grosso como um território florestal, por meio do incentivo e da disseminação de soluções produtivas sustentáveis e com boa governança social e ambiental.

 

 

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